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A nova roda dos alimentos

A Roda Alimentar sofreu uma actualização. A nova roda resulta de um estudo que foi encomendado pelo Instituto do Consumidor a investigadores da Faculdade de Ciências da Nutrição da Universidade do Porto. Aos sete grupos existentes foi acrescentado um novo: o das leguminosas secas.

A alteração dos hábitos alimentares dos últimos 20 anos levou o Instituto do Consumidor a encomendar este estudo à Universidade do Porto. Trata-se de uma actualização da roda, já existente desde a década de 70.

Maria Daniel Vaz de Almeida, investigadora da Faculdade de Ciências da Nutrição explica que foi feita «divisão» das frutas, a junção das carnes vermelhas com as brancas e voltou a introduzir-se a fatia das leguminosas.

«Como as leguminosas secas podem contribuir quer com hidratos de carbono, quer com proteínas, tornámos as leguminosas secas independentes. Se repararem na roda, as leguminosas secas estão entre o grupo da carne e o grupo do pão e dos cereais (dos alimentos ricos em hidratos de carbono). Como tal estes dois grupos acabam por diminuir ligeiramente porque as leguminosas aparecem independentes e com a mensagem que devem ser consumidas com uma frequência maior», disse a investigadora à TSF.

Uma roda com filosofia diferente da tradicional pirâmide alimentar norte-americana, porque não há hierarquia de alimentos e tenta dar a ideia da complementaridade da dieta mediterrânica.

José António Carrapiço, presidente do Instituto do Consumidor, considera que está dado o passo que faltava para corrigir as informações com mais de um quarto de século: «vamos fazer uma ampla divulgação da roda e de material de apoio à roda» junto da comunidade escolar e educativa, organizações de consumidores e «todas as entidades que se interessem por esta questão».

Uma roda com imagem de água no centro, rodeada de sete grupos de alimentos diferentes e com as respectivas percentagens e vários conselhos simples de utilização para os portugueses descobrirem.

Redação