Islândia, Finlândia, Suíça e Suécia têm as melhoras taxas de sobrevivência de cancro infantil da Europa, segundo um estudo da União Europeia. A responsável pela pesquisa diz que está definido um patamar a atingir pelos outros países europeus.
Islândia, Finlândia, Suíça e Suécia têm as melhoras taxas de sobrevivência de cancro infantil da Europa, estabelecendo um patamar para as outras nações atingirem.
A taxa de sobrevivência em cinco anos ultrapassa os 90 por cento na Islândia, regista mais de 80 por cento na Finlândia e Suíça, logo seguidos da Suécia com mais de 79 por cento.
«O objectivo é atingir os níveis de sobrevivência dos países nórdicos. Outros países com recursos e sistemas de saúde similares podem fazer o mesmo», defende Gemma Gatta do Instituto Nacional de Tumores em Milão, Itália.
Gemma Gatta e a sua equipa analisaram 23 mil crianças às quais foi diagnosticado cancro em 20 países europeus, entre 1990 e 1994, no âmbito do estudo EUROCARE-3, da União Europeia.
O objectivo era identificar os países e regiões onde é preciso intervir para permitir às crianças com cancro viver mais tempo.
Alemanha, Noruega, Áustria, Malta, França, Itália, Dinamarca, Inglaterra, Escócia, Espanha e Países Baixos registam boas taxas de sobrevivência mas, Eslovénia, República Checa, Polónia e Estónia têm níveis inferiores. No fundo da tabela está a Estónia, com uma taxa de sobrevivência em cinco anos de 44,9 por cento.
A maioria dos cancros infantis têm cura. Desenvolvimentos na quimioterapia, tornando este tratamento mais eficaz e menos tóxico, ajudaram a compreender como tratar o cancro nas crianças e permitiram o aumento da taxa de sobrevivência, comparando com o estudo EUROCARE-2, publicado em 2001.
Diagnóstico precoce e o acesso aos mais recentes tratamentos são factores que influenciam as taxas de sobrevivência.
A leucemia representou a terceira forma de cancro infantil nas crianças envolvidas no estudo, seguido dos tumores cerebrais e do sistema nervoso.
A taxa de sobrevivência de cancro infantil da Europa é semelhante à registada nos Estados Unidos, segundo Gemma Gatta.