Uma explosão no porão de um petroleiro nos estaleiros da Lisnave (antiga Setenave) em Setúbal causou esta manhã um morto, de nacionalidade filipina e cinco feridos, quatro dos quais em estado grave.
O balanço mais recente feito pelo INEM e pela Protecção Civil aponta para um morto, quatro feridos graves e um ferido ligeiro na sequência de uma explosão seguida de incêndio num porão de um petroleiro atracado nos estaleiros da Lisnave.
Segundo uma fonte da Protecção Civil, em declarações à Lusa, a vítima mortal é um tripulante filipino que foi encontrado carbonizado.
Os cinco feridos foram distribuídos por vários hospitais. O caso mais grave foi levado para o Santa Maria em Lisboa. Fonte hospitalar refeiu que é «muito grave» o estado deste ferido com queimaduras ao nível do aparelho respiratório.
Os três feridos que deram entrada no Hospital de Setúbal «já estão estabilizados e deverão ser transferidos ainda hoje para a unidade de queimados do Hospital de São José, em Lisboa». É a seguinte a identidades destes feridos - Álvaro Murício Leitão, de 52 anos, Luís Manuel Botina Rodrigues
Santos, de 42 anos, e um indivíduo identificado apenas como Fredy, de 25 anos.
O Hospital do Barreio não deu qualquer indicação sobre o estado do ferido que deu entrada.
A explosão no «Gerez» deu-se cerca das 11:37 e terá ocorrido durante uma operação de soldadura.
No local estão 42 bombeiros das corporações de Setúbal e Palmela, 16 veículos e uma equipa do INEM.
Trabalhadores reforçavam tanque de petroleiro
As causas do incidente são ainda desconhecidas. De acordo com a mesma fonte, elas deverão ser «averiguadas por técnicos da empresa».
No entanto, Fernando Parreira, elemento da Comissão de Trabalhadores da empresa disse à TSF que «o acidente foi originado por uma explosão, que se deu pelas 11:30, e houve imediatamente a intervenção dos serviços da empresa, dos bombeiros e de Setúbal e do INEM. A explosão teve que ver com um conjunto de acções para controlar a temperatura e são sempre morosas».
«De qualquer forma garantiu-se a ventilação do tanque para que os trabalhadores que lá estiveram dentro tivessem oxigénio. Estava a decorrer uma operação comum num tanque e que decorria já há alguns dias, com soldadores, que acrescentavam umas chapas de reforço no tanque e da parte da manhã houve uma fiscalização e tudo estava normal», garantiu.
«A comissão de Trabalhadores já pediu uma comissão de inquérito, e para que haja uma informação aos familiares dos trabalhadores envolvidos, mas temos a lamentar um morto e os feridos graves», disse Fernando Parreira, que estava nos estaleiros no momento da explosão.
O navio é propriedade da Soponata e foi construído em 1989.