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Lisnave abre inquérito ao acidente no «Gerez»

A Lisnave vai abrir um inquérito para apurar as causas do acidente que provocou um morto e nove feridos, durante a reparação do navio «Gerez», em Setúbal. A empresa rejeita as críticas de atraso no fornecimento de informação aos familiares.

Vai ser aberto um inquérito ao acidente no petroleiro «Gerez», quinta-feira de manhã, no estaleiro da Lisnave em Setúbal, devido a uma explosão na casa das máquinas durante operações de reparação.

Um tripulante morreu e há três feridos graves e seis ligeiros.

Num comunicado divulgado pela Lisnave não é dada qualquer explicação sobre o acidente. A empresa nunca fala em explosão mas de um incêndio no tanque do «Gerez».

A Lisnave esclarece ainda que a reparação do petroleiro está a ser feita por uma empresa subcontratada.

Na altura do acidente estava no local um bombeiro da Lisnave por prevenção. Confrontado com este dado e questionado se todas as normas de segurança no trabalho foram respeitas, o coordenador da Protecção Civil, Luís Bucho, remeteu explicações para a própria Lisnave.

«Eu sei que a empresa toma sempre as medidas de segurança nestes casos. Isto é, nenhuma operação no interior dos navios se inicia sem ser feita uma vistoria dos bombeiros da própria empresa e todos os trabalhos são sempre acompanhados pela própria empresa», garantiu o coordenador.

Humberto Pereira, das Relações Públicas da Lisnave, rejeitou também qualquer responsabilidade na demora do fornecimento de informação às pessoas que se concentraram nos portões do estaleiro logo depois da explosão.

«Identificamos as pessoas e demos informações às pessoas», disse. «Temos estado a dar respostas às pessoas de uma forma correcta», defendeu.

Esta indicação é contrária ao que a TSF viu durante a tarde à porta do estaleiro, com pessoas que procuravam informações sobre os seus familiares, funcionários na empresa.

Redação