O médicos do Hospital de São João, no Porto, têm greve marcada para sexta-feira em nome do pagamento das horas extraordinárias que não foram pagas aos clínicos desde 01 de Janeiro de 2002.
«Num país de direito democrático a legislação deve ser cumprida. Em relação aos médicos, o decreto-lei 92/2001 não está ser cumprido pelo ministro da Saúde que deve dinheiro de horas extraordinária desde Janeiro de 2002», explicou à TSF Carlos Santos, do Sindicato Independente dos Médicos (SIM).
«Muita paciência têm tido os médicos em esperar até agora. Já dissemos ao ministro que se não esta de acordo com a lei que a revogue, mas não pode é dizer que não cumpre a lei porque não esta de acordo com ela. Isso num pais democrático dá, no mínimo, uma ida à esquadra», salienta Carlos Santos.
«Isto é a mesma coisa que qualquer um de nos contratar um mulher a dias por determinado valor, e depois de feito o serviço dizer: 'olhe afinal só lhe vou pagar metade do que combinámos'», sublinha o sindicalista.
Carlos Santos adiantou ainda que «há mais greves na calha» pelo mesmo motivo, nomeadamente no Instituto Português de Oncologia do Porto, Hospital de Santo Tirso e Hospital Geral de Santo António, também no Porto, neste último por tempo indeterminado.
Contactada pela TSF, fonte da ARS/Norte afirmou que o responsável que poderia dar esclarecimentos sobre esta matéria estava de férias, remetendo um comentário para depois do Natal.
A greve, que se vai prolongar até às 24:00 de 02 de Janeiro, foi convocada pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e pela Federação Nacional dos Médicos (FNAM) e hoje aceite pelos clínicos daquela unidade hospitalar.