Há mais de quatro anos que Juan Martín Del Potro não chegava tão longe num Major. O argentino está agora a dois jogos de voltar a vencer o Open dos Estados Unidos, tal como fez em 2009.
Quando tudo parecia bem encaminhado para Roger Federer, depois de dois jogos menos conseguidos e outros dois sublimes, eis que o campeão suíço esbarrou numa Torre de Tandil ao nível dos velhos tempos.
Del Potro, que na ronda anterior esteve dois sets em desvantagem frente a Dominic Thiem, só precisou de quatro sets para impedir Federer de alcançar o 20º Grand Slam e de poder lutar pelo primeiro lugar do ranking ATP, que irá continuar nas mãos de Nadal.
A história do jogo, quase toda ela, é contada por um break por set. 7-5, 3-6, 7-6 e 6-4, ao longo de 2h50. Federer chegou a estar a perder por 4-1 no terceiro set, recuperou, e no tie-break chegou a ter quatro set points, dois no seu serviço, todos salvos por Del Potro.
No final, a opinião dos jogadores foi unânime, com Del Potro a considerar que realizou o melhor jogo do torneio, em que tudo lhe saiu bem. Já Federer disse não ter estado bem durante todo o torneio, que se dava por feliz com os quartos de final e que Del Potro terá mais hipóteses frente a Nadal. É o regresso da Torre de Tandil às meias-finais de um Grand Slam, pela primeira vez desde Wimbledon, em 2013.
O argentino terá pela frente na meia-final Rafael Nadal, que pouco trabalho teve para vencer Andrey Rublev nos quartos de final. Nadal e Del Potro já se cruzaram em 13 ocasiões, com oito vitórias para o espanhol e cinco para o argentino. Del Potro venceu os últimos dois embates, nas meias-finais dos Jogos Olímpicos do Brasil, em 2016 e também nas meias-finais do Masters de Xangai, em 2013. Já no Open dos Estados Unidos, apenas por uma vez os dois tenistas se cruzaram, em 2009, com a vitória a sorrir a Del Potro nas meias-finais, tendo depois vencido Federer na final, naquele que é ainda o seu único Grand Slam da carreira.