Segundo fonte sindical, a Autoeuropa está a reconsiderar o modelo de horário para tentar reduzir o número de sábados que cada trabalhador terá de fazer nos próximos dois anos.
A administração da Autoeuropa está a tentar reduzir o número de sábados que cada trabalhador terá de fazer para cumprir os níveis de produção previstos para o novo veículo T-Roc.
A informação foi avançada esta sexta-feira pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins que esteve reunido com a administração da empresa.
Ouvido pela TSF, José António Simões, do sindicato, adiantou que a reunião correu bem e que a administração manifestou disponibilidade para acautelar a situação dos casais que trabalham na empresa, para poderem conciliar o trabalho com a vida familiar.
Mais otimista, José António Simões, adianta que depois da greve houve uma mudança de atitude por parte da administração da Autoeuropa que está agora mais recetiva à negociação.
Na quinta-feira, os responsáveis da Autoeuropa já tinham recebido uma delegação do SITESUL, Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul, o mais representativo na empresa, que classificou a reunião como "muito produtiva".
Em comunicado divulgado hoje, o SITESUL refere que "a administração da empresa reconheceu que o modelo de horário apresentado continha aspetos negativos para a vida dos trabalhadores, do ponto de vista social, familiar e económico".
O documento salienta ainda o facto de a proposta de novos horários já ter sido rejeitada em quatro plenários de trabalhadores e de ter levado à greve realizada no dia 30 de agosto, a primeira por razões laborais na Autoeuropa.
Com os novos horários que a administração da Autoeuropa pretendia colocar em prática a partir de novembro, os trabalhadores passariam a ter uma folga fixa ao domingo e uma folga rotativa nos outros dias da semana, pelo que só poderiam gozar dois dias de folga consecutivos quando a rotativa fosse ao sábado ou à segunda-feira.