Saúde

Sindicato aponta para adesão superior a 80%

Rui Manuel Ferreira/Global Imagens

A TSF está no Hospital de São João, no Porto, no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa e no Hospital de Faro a acompanhar o primeiro dia de greve.

Os enfermeiros começaram esta segunda-feira uma greve que vai prolongar-se até sexta-feira. O protesto foi considerado ilegal pelo Governo, mas a paralisação mantém-se.

Os enfermeiros querem a atualização de salários, a integração da categoria de especialistas na carreira e a aplicação das 35 horas de trabalho para todos os profissionais.

No Hospital de São João, no Porto, José Azevedo, presidente do Sindicato dos Enfermeiros, aponta para 83% de greve no turno da noite, esperando que os números "subam com a entrada do turno da manhã para 85%".

Ainda assim, José Azevedo diz que a segurança dos doentes está salvaguardada. "Na segurança dos doentes está tudo salvaguardado, ou seja, os serviços mínimos foram remetidos sob a responsabilidade da chefia e da administração para que sejam regulados da maneira necessária, respeitando o direito a uma greve eficaz. Há serviços que vão funcionar normalmente, como a pediatria, a psiquiatria, a urgência e os cuidados intensivos, onde as situações são totalmente dependentes. São serviços assegurados a 100%. Os outros, adultos e gerais, como consultas e blocos operatórios não de urgência estão parados.

Questionado sobre as dúvidas dos enfermeiros que chegam ao hospital, José Azevedo culpa o Ministério que "abusivamente e ilegalmente teve a desfaçatez de enviar ameaças através de circulares ilegais".

No Hospital de Santa Maria, em Lisboa, estava prevista para as 8h, que ainda não começou. A Federação Nacional dos Sindicatos dos Enfermeiros espera até 600 profissionais na manifestação. Os funcionários comentam que a manhã costuma estar mais movimentada. Uma enfermeira caracterizou a noite como normal e referiu que ainda é cedo para se notar.

No Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra confirma-se a manifestação, marcada para as 9h, segundo Ricardo Correia de Matos, presidente da secção do centro da ordem dos enfermeiros. Correia de Matos adiantou ainda que durante a noite a greve terá chegado bem perto dos 100%, segundo duas rondas efetuadas, por volta das 4h e das 7h.

No Hospital de Faro, as indicações são que a adesão à greve no turno da noite foi de quase 100% e que de manhã a paralisação deverá continuar a ser visível. No Hospital de Faro está agendada uma manifestação de enfermeiros para as 9h, em frente à administração do hospital, com os enfermeiros a envergarem camisas negras. Os enfermeiros dizem não ter receio das consequências, porque se fosse despedir os profissionais da enfermagem, o Ministério da Saúde teria de despedir quase o país inteiro.