vida

Petição contra fecho com aplauso de todos os partidos

A petição contra o encerramento da maternidade da Guarda recebeu, esta sexta-feira, o aplauso de todas as bancadas parlamentares, incluindo alguns deputados do PS.

O deputado socialista Fernando Cabral defendeu que cada distrito deve ter, pelo menos, uma sala de partos, sublinhando que «se ela acabar no Hospital Sousa Martins, a Guarda será o único distrito que não terá esse serviço».

Na sua intervenção, Fernando Cabral começou por lembrar que a motivação desta petição está relacionada com a decisão que o concelho de administração do Hospital Sousa Martins tomou em Março de 2004, «quando o Governo de Portugal era sustentado pelo PSD e pelo CDS-PP» e numa altura em que o hospital «andava sem rei nem roque».

Já com o actual Governo em funções, prosseguiu o deputado socialista, foi decidido que os Hospitais da Guarda, Castelo Branco e Cova da Beira se agrupavam no futuro centro hospitalar da Beira Interior e que, no conjunto destes hospitais, «os partos se concentrassem em um ou dois deles».

«Perante estas circunstâncias, aguardamos com toda a serenidade o desenvolvimento deste processo», acrescentou, admitindo que «a título meramente pessoal» encara com «confiança» o desfecho.

Pelo PSD, a deputada Ana Manso centrou toda a sua intervenção nas decisões do actual Governo, considerando que «encerrar a maternidade da Guarda era passar uma certidão de óbito a todo o Hospital que, pela certa, viraria a curto prazo um centro de saúde com internamento».

Opinião idêntica manifestaram PCP, Bloco de Esquerda e CDS-PP, com o deputado bloquista João Semedo a considerar «inevitável» o fim do Hospital da Guarda se a maternidade encerrar.

Redação