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Ministério vai apoiar 32 escolas problemáticas

Para combater a insegurança e as carências sociais o Ministério da Educação vai estabelecer contratos de desenvolvimento com 32 escolas da Grande Lisboa e Porto que se inserem em zonas de bairros problemáticos e vão passar a ter apoios especiais.

O contrato de autonomia vai permitir que estes estabelecimentos de ensino beneficiem de medidas especiais que podem passar pelo reforço policial e pela contratação de psicólogos.

A ministra da Educação já explicou à TSF que as 32 escolas que de início vão ser abrangidas por este programa têm problemas que precisam de ser resolvidos.

«São escolas com inserção em bairros difíceis, com um meio social e económico complicado, onde muitas vezes a escola é afectada por estas circunstâncias. Portanto, vamos dotar as escolas de modo a que possam ter uma relação diferente com o meio social em que se inserem e possam ter os recursos para enfrentar os seus problemas», disse.

Maria de Lurdes Rodrigues adiantou que é preciso agir, mas também que o problema da violência é tratado com algum exagero e alarmismo, considerando que não há qualquer enfraquecimento da autoridade dos professores.

«O que precisamos é de reforçar a confiança das escolas e dos professores na sua própria autoridade, na sua capacidade de enfrentar e resolver os problemas. Penso que se exagera muito, que se faz muito alarmismo à volta de algumas questões», afirmou.

Este contrato de autonomia vai ser implementado em escolas da Grande Lisboa e do Grande Porto. O Ministério da Educação mantém, no entanto, as portas abertas para outros estabelecimentos de ensino que queiram apresentar programas próprios.

A ministra da Educação vai apresentar o projecto, esta tarde, na Escola EB23 do Monte da Caparica.

Ouvida no Fórum TSF, a presidente do Conselho Executivo desta escola reconhece que este estabelecimento de ensino tem uma alta taxa de insucesso escolar devido aos problemas de indisciplina.

Inês de Castro considera que as causas para estas situações estão ligadas ao meio onde a escola se insere.

«As causas estão relacionadas com a instabilidade emocional que os alunos trazem para dentro da escola que tem origem nas suas condições de vida neste bairros. Os alunos entram já na escola agitados, prestam pouca atenção e entram facilmente em conflito uns com os outros, quando o professor intervém é também alvo de conflito», explicou.

A escola EB23 faz parte da lista de estabelecimentos que nesta primeira fase vão ser abrangidos pelo Contrato de Autonomia.

Redação