vida

FENPROF quer escola dirigida por órgão colegial

A FENPROF está contra a proposta do PSD de as escolas serem dirigidas por um director defendendo que esta deve ser feita por um órgão colegial. As Associações de Pais estão contentes por os pais poderem decidir quem vai dirigir a escola, mas estão contra a possibilidade de as escolas escolherem alunos por notas.

A FENFROF defende que a escola não pode ser dirigida apenas por um director, tendo a sua gestão que ser «colegial e não unipessoal», devendo ser «orientada, acima de tudo, por professores».

Ouvido pela TSF, Augusto Pascoal considerou que mesmo quando as decisões que são feitas pela escola são administrativas «elas referem-se sempre ao exercício pedagógico».

«Não é crível que alguém que não está absolutamente dentro disto possa tomar decisões sobre actos pedagógicos», frisou este dirigente da FENPROF.

Por seu turno, a presidente da Confederação das Associação de Pais ficou satisfeita com o facto de o PSD propor um maior envolvimento dos encarregados de educação na escolha do director da escola.

Em declarações à TSF, Maria José Viseu relevou ainda a possibilidade de os pais também ficaram envolvidos na escolha da Assembleia de Escola e da Assembleia de Agrupamento.

A presidente da CONFAP ficou ainda satisfeita por ser proposto que os pais fiquem em maioria nestes dois órgãos e por terem sido chamados a decidir na questão da direcção da escola e do agrupamento.

Apesar deste ponto positivo, a confederação está contra a possibilidade de a escola poder escolher os alunos com base nas suas notas.

«Para falarmos nisso, todas as escolas têm de estar em pé de igualdade, terão de ter todas as mesmas condições, terão de estar todas no mesmo sítio, o que não acontece neste momento», explicou.

Maria José Viseu entende que com uma medida destas poder-se-á «criar escolas de elite e escolas com estigmas, onde ninguém quererá pôr os filhos».

Redação