O director nacional da Polícia Judiciária garantiu, esta sexta-feira, que a contenção financeira da instituição não afectou a sua operacionalidade e eficácia. Alípio Ribeiro disse ainda que não tem sido por falta de dinheiro que os objectivos da PJ não têm sido cumpridos.
Alípio Ribeiro deslocou-se à comissão de Assuntos Constitucionais Direitos Liberdades e Garantias, a pedido do PSD, para falar da situação financeira da PJ e dos eventuais constrangimentos financeiros que está a atravessar.
«Há uma contenção orçamental na Polícia Judiciária, mas em momento algum a operacionalidade foi posta em causa», garantiu.
O responsável assegurou ainda que «não tem sido por falta de dinheiro que os objectivos da PJ não têm sido cumpridos».
O director Nacional da PJ, que substituiu há cerca de seis meses Santos Cabral, disse igualmente que a instituição «recebeu um reforço de 1,5 milhões de euros».
«Antecipámos e esgotámos os duodécimos, recebemos um reforço de 1,5 milhões de euros que impedir entorses na operacionalidade», afirmou.
Confrontado com algumas questões concretas do deputado do PSP Montalvão Machado, nomeadamente sobre a falência técnica da instituição aquando da saída do anterior director, o actual responsável da PJ garantiu que «todas as despesas com horas extraordinárias e piquetes estão processadas até ao mês de Agosto e que serão pagas em Outubro».
Sobre o facto de algumas empresas como a Galp, PT e EDP, terem ameaçado cortar o fornecimento por dívidas acumuladas, Alípio Ribeiro disse que sempre houve um «bom entendimento com as entidades fornecedoras» e que «apenas existem atrasos pontuais».
Quanto à corrupção, Alípio Ribeiro classificou-a como «um fenómeno sério, em que há dificuldade em investigar para todas as polícias».
As mesmas ideias foram igualmente defendidas pelo secretário de Estado Adjunto da Justiça, Conde Rodrigues, que considera ainda que a PJ deve ter uma gestão «flexível».