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Brasil: Hipóteses remotas de encontrar sobreviventes

Mais de 20 horas depois da queda de um avião, numa zona de mato denso da floresta Amazónica, são cada vez mais remotas as possibilidades de encontrar sobreviventes, embora as informações a este respeito sejam contraditórias.

O acidente ocorreu sexta-feira à tarde, no Estado de Mato Grosso, devido ao choque do boeing com um jacto. As causas da colisão estão por apurar.

Existem informações contraditórias sobre a possibilidade de existirem sobreviventes da queda deste avião da companhia brasileira Gol.

A Força Aérea Brasileira chegou recentemente ao local do acidente, uma zona de difícil acesso, mas não fala em sobreviventes.

Antes o Secretário da Saúde da cidade de Peixoto Azevedo, que fica a 200 quilómetros do local onde aconteceu a queda do Boeing 737-800, afirmou ter notícias de que existem sobreviventes. Jornalistas no local deram conta da mesma informação.

O vôo 1907, que tinha saído de Manaus em direcção a Brasília, transportava 149 passageiros e seis tripulantes. Os destroços do avião só foram localizados este sábado de manhã por militares de uma fazenda no alto Xingu, entre Pará e Mato Grosso.

Autoridades ainda sem explicação para colisão de aviões

A colisão entre dois aviões que provocou a queda do boeing é «inexplicável», afirmou este sábado o presidente da Infraero, empresa responsável pela administração dos aeroportos brasileiros.

O brigadeiro José Carlos Pereira não soube informar como é que os radares do controlo aéreo brasileiro não detectaram a aproximação das duas aeronaves.

Segundo o presidente da Infraero, o Boeing deveria estar a voar a 37 mil pés de altitude e o jacto executivo «Legacy», de propriedade de uma companhia norte-americana, a 30 mil pés de altitude.

O brigadeiro salientou igualmente que as duas aeronaves dispõem de modernos dispositivos electrónicos para evitar colisões, conhecido como TCAS.

Esse dispositivo, localizado à frente das aeronaves, capta o sinal transmitido por outro equipamento, chamado «transpounder», que fica na barriga dos aviões.

Quando decorre a aproximação de aeronaves em pleno voo, esse dispositivo emite um alerta para que o piloto altere a rota da aeronave e evite a colisão.

O piloto do avião que caiu tinha dez mil horas de voo e o aparelho era novo. De acordo com a empresa aérea, o Boeing foi recebido do fabricante em 12 de Setembro deste ano.

O brigadeiro afirmou que as causas da colisão serão analisadas pelas equipas técnicas da Infraero, da Agência Nacional de Aviação Civil, o regulador brasileiro do sector, e por militares da Força Aérea Brasileira. As investigações devem estar concluídos no prazo de três meses.

Esta pesquisa determinará, por exemplo, se existiu alguma falha nos dispositivos electrónicos que permitiriam prevenir a colisão.

O Boeing 737-800 da GOL colidiu com uma pequena aeronave, modelo «Legacy», que ficou com a ponta da asa e parte da cauda destruídas, mas conseguiu aterrar na Serra do Caximbo, na região Sul do Estado do Pará.

O local da queda fica próximo de duas aldeias indígenas, na região conhecida como Alto Xingú, na propriedade rural de Jarinã.

Redação