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Dez por cento a mais de 45 minutos de serviço de urgência

Dez por cento da população portuguesa vai ficar a mais de 45 minutos de um serviço de urgência. Num relatório sobre a reorganização das urgências, os especialistas explicam que as limitações geográficas estão na base deste cenário.

Dez por cento da população portuguesa vai ficar a mais de 45 minutos de um serviço de urgência, assume o relatório encomendado pelo Ministério da Saúde sobre a reorganização das urgências.

Embora esta reorganização, proposta por onze especialistas, vise que um serviço de urgência fique no máximo a meio hora da população servida, os especialistas dizem que, devido a limitações geográficas, um milhão de portugueses vai demorar mais a chegar a estas unidades.

Ainda segundo este documento que já foi apresentado à Associação Nacional de Municípios Portugueses e que está em discussão pública durante Outubro, é proposto o encerramento de 14 serviços de urgência (cinco na região, sete no centro e dois na área de Lisboa).

Para além do encerramento do serviço de urgência do Montijo na área de Lisboa, foi proposto ainda o fecho das urgências do Hospital Curry Cabral, muito embora este mais de 150 urgências diárias.

Apesar do número de urgências do Curry Cabral, os especialistas entendem que são «bastantes» os três hospitais SUP/SUMC (S. José, Santa Maria e S. Francisco Xavier) existentes na cidade.

Disponível no site do Ministério da Saúde, esta proposta prevê ainda a integração na rede dos serviços de atendimento urgente reconvertidos de 24 centros de saúde.

A criação de uma rede com três serviços de urgência: o Serviço de Urgência Básica (SUB), o Serviço de Urgência Medico-Cirúrgica (SUMC) e o Serviço de Urgência Polivalente (SUP), num total de 83 serviços.

No documento, os especialistas defendem que a «centralização das urgências deve pressupor a criação de mecanismos de mobilidade de recursos humanos por forma a garantir a integração de equipas médicas nas urgências que permanecem em funcionamento».

Redação