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Sócrates defende política única na UE

O primeiro-ministro quer que haja uma política única na União Europeia no tocante à imigração. Para isso, José Sócrates diz que tem de haver cooperação fronteiriça, a par da harmonização das regras de entrada e de um apoio comum aos países de origem.

O primeiro-ministro defendeu, esta terça-feira, uma política única de imigração que abranja a cooperação fronteiriça, a harmonização das regras de entrada e um apoio comum aos países de origem.

Na sessão de abertura da XI Conferência Internacional das Migrações, que está a decorrer em Lisboa, José Sócrates recordou ter sido um dos oito chefes de Estado e de Governo da bacia do Mediterrâneo a reclamar da União Europeia uma atenção maior a estas questões.

«Não pode haver uma política inteligente sobre o fenómeno migratório sem que haja uma verdadeira cooperação internacional», acrescentou o chefe do Governo português que subscreveu uma carta sobre imigração enviada à presidência finlandesa da UE.

No seu discurso, Sócrates, que assinalou as recentes mudanças feitas nas leis da nacionalidade e imigração, adiantou que a questão da imigração faz parte das prioridades da política doméstica portuguesa.

«O Governo pretendeu adoptar medidas reguladoras transparentes e realistas, que permitam de forma equilibrada promover a imigração legal e, concomitantemente, combater de forma determinada a imigração ilegal», explicou.

Sócrates lembrou ainda que Portugal se assumiu como um país de emigração nos anos 80 e que, entretanto, se converteu num país de imigração, por causa do crescimento económico do país.

«Em Portugal, a contribuição dos imigrantes para o crescimento económico e para a sustentabilidade da Segurança Social é hoje inquestionável. Estes dados fazem com que a vertente da integração dos imigrantes assuma um cariz prioritário nas nossas políticas de imigração», reforçou.

Redação