Uma família de refugiados Síria recuperou o negócio que tinha em Homs e abriu uma pastelaria de doce típicos.
A guerra obrigou-os a deixar um negócio familiar que mantinham há mais de quatro décadas. Em Homs, na Síria, a pastelaria dos Alsakka empregava mais de trinta pessoas.
Quando chegaram à Alemanha, precisaram de ultrapassar a barreira da língua e da burocracia para recuperar o sonho. Aberta há pouco mais de um ano, a "Konditorei Damaskus" é um sucesso.
Sulaiman Alsakka, filho de um dos três irmãos proprietários, confessa que foi uma surpresa "sessenta por cento dos nossos clientes são alemães, os restantes quarenta são da Síria e de outros países árabes".
"Pensávamos que iriam achar os nossos doces muito pesados mas gostam muito". Uma cliente que comprou uma caixa grande é prova disso: "Sou de Frankfurt. Estou em Berlim para um curso mas vi-os na televisão alemã e tive que provar os doces, agora vou levá-los para Frankfurt!"
O jovem de dezanove anos concilia o trabalho na loja com os estudos. Aprendeu alemão sozinho, a ver vídeos no YouTube. Confessa ter saudades de casa, de Homs, terra natal, principalmente porque deixou lá a avó e a noiva. Mas já só pensa em voltar depois da guerra, e só de férias.
"Gosto da Alemanha e gosto de Angela Merkel, é boa pessoa, honesta e sabe o que é melhor para o país. Portou-se muito bem connosco, com os refugiados". Por isso, se votasse, não hesitava em escolher CDU.