O presidente da Associação dos Bombeiros Voluntários de Leixões, Matosinhos, anunciou que vai apresentar a demissão, esta noite, depois de 40 homens da corporação terem entregue os capacetes, exigindo a renúncia da direcção por causa da falta de meios .
O presidente da Associação de Bombeiros Voluntários de Leixões afirmou que vai apresentar o pedido «de demissão na reunião da direcção logo à noite».
O responsável considera que o actual comando deve também colocar o lugar à disposição por considerar que «não reúne as condições» para se manter à frente da corporação.
Severo Pinhal adianta que a vida da associação tem sido marcada no dia-a-dia pela «indisciplina» e dificuldade de relacionamento entre hierarquias.
À TSF, o presidente demissionário confirmava que entre ele e os bombeiros não havia diálogo por considerar. O responsável considera que essa relação devia ter sido estabelecida pelo comando.
«Um presidente não pode dialogar com bombeiros, na medida em que o diálogo deve ser feito directamente com o comando em qualquer parte do país», disse.
Os bombeiros Voluntários de Leixões encontram-se neste momento com efectivos mínimos, na medida em que 40 efectivos dos 50 no activo entregaram os capacetes, exigindo a demissão da direcção e do comando.
No comunicado esta sexta-feira emitido pelos bombeiros para a comunicação social a corporação reconhece a falta de disciplina.
«Esta palavra já não tem espaço dentro deste quartel, desde a presidência ao comando, passando pela chefia e assim sucessivamente. Ninguém se entende e todos se ofendem verbal e até fisicamente», lê-se no documento.
Em reacção à possível demissão de Severo Pinhal, a porta-voz do grupo de bombeiros que entregaram os capacetes, Rosa Dias, afirmou que se a actual direcção da corporação sair o protesto acabará imediatamente.