As cerca de 30 pessoas que efectuaram, esta segunda-feira, uma «ocupação simbólica» do Teatro Rivoli mantiveram-se durante a madrugada no interior do edifício, exigindo falar com a Câmara Municipal do Porto. Os manifestantes estão contra a intenção camarária de privatizar a gestão daquele espaço.
As cerca de 30 pessoas que hoje efectuaram uma «ocupação simbólica» do teatro Rivoli, no Porto, mantiveram-se durante a madrugada no interior do edifício, exigindo falar com a Câmara Municipal do Porto.
Os manifestantes, que protestam contra a intenção camarária de privatizar a gestão daquele espaço, até agora assegurada pela Cultuporto, decidiram permanecer no edifício apesar da decisão da autarquia de mandar encerrar as portas às 01:20.
A decisão da Câmara Municipal do Porto foi transmitida aos manifestantes por Fernando Pinheiro, produtor da Culturporto, a associação que actualmente gere aquele espaço cultural.
O protesto teve início depois da exibição da peça "Curto-Circuito", da companhia Teatro Plástico, no pequeno auditório, entre espectadores e artistas, num protesto convocado pela companhia.
Ouvido pela TSF, Francisco Alves, director do Teatro Plástico e porta-voz deste protesto, defendeu que as instituições culturais da cidade não podem ser postas à margem deste processo, criticando não só a Câmara do Porto como também a ministra da Cultura.
«É importante que alguém da câmara nos receba e nos dê algumas garantias do que vai acontecer, com esta privatização, às estruturas de produção desta cidade que são financiadas pelo Ministério da Cultura e que se tem mostrado completamente desinteressado deste assunto», disse.
A autora da peça, Regina Guimarães, que também se juntou ao protesto, explicou que o objectivo, além de protestar contra a intenção da Câmara liderada por Rui Rio, é também evitar que o cenário se repita em outras zonas de Portugal.