vida

Ministra disponível para dialogar

A ministra da Cultura está disponível para mediar conversações entre a Câmara do Porto e o grupo de 30 pessoas que, esta segunda-feira de madrugada, decidiu fechar-se dentro do Teatro Rivoli. Porém, Isabel Pires de Lima diz que a gestão do teatro não é da competência do Ministério da Cultura.

A ministra da Cultura mostrou-se hoje disponível para mediar conversações entre a autarquia e o grupo de 30 pessoas que, esta madrugada, decidiu fechar-se dentro do Teatro Rivoli.

Os manifestantes estão contra a decisão da Câmara do Porto de privatizar a gestão da sala de espectáculos.

No entanto, em declarações aos jornalistas, Isabel Pires de Lima garantiu que o Ministério da Cultura nada tem a ver com a gestão do Teatro Rivoli.

«A questão da gestão do Rivoli é algo que escapa ao Ministério da Cultura, ou seja, trata-se de um teatro autárquico, como aliás a grande maior da rede cineteatros do país», afirmou.

Questionada sobre a possiblidade do ministério vir a ter um papel na resolução deste conflito, nomeadamente servindo como mediador, a ministra disse que «sim» caso seja esse o «entendimento da câmara municipal e do tecido cultural da cidade».

Isabel Pires de Lima confessou ainda não conhecer bem o modelo de gestão proposto pela Câmara do Porto, mas realçou que o interesse público do Rivoli tem que ser sempre defendido.

«O que me parece fundamental, quer se trate de uma gestão pública do Rivoli, ou privada, é a existência de garantias de que é salvaguardado o interesse público, na medida em que estamos perante um teatro que foi feito com dinheiros públicos», defendeu.

Em relação à forma escolhida pelos manifestantes para obrigarem a autarquia a dialogar, a governante disse que não tem reparos a fazer, considerando que se está perante um protesto «original».

«Não se trata de uma simples ocupação da sala; é mais do que isso e até há alguma originalidade na forma encontrada para o protesto», concluiu.

Entretanto, o presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, já disse que não comenta a posição de força adoptada pela companhia Teatro Plástico.

Redação