Os professores do ensino básico e secundário estão esta terça-feira e no dia seguinte em greve, contra a proposta do Ministério da Educação de revisão do Estatuto da Carreira Docente (ECD), que classificam como um «ataque» à classe.
A greve nacional foi decretada conjuntamente pelos 14 sindicatos do sector a 5 de Outubro, durante a marcha nacional de protesto, que reuniu em Lisboa mais de 20 mil docentes.
Depois da greve de 14 de Junho, esta será a segunda paralisação nacional convocada para contestar a proposta do ECD.
Entre os aspectos mais criticados pelas organizações sindicais estão a divisão da carreira em duas categorias, a imposição de quotas para aceder à mais elevada e o modelo de avaliação de desempenho que inclui critérios como a apreciação dos pais e as taxas de abandono e insucesso escolar.
Os sindicatos já admitiram a realização de mais greves e outras formas de luta, caso a tutela mantenha uma postura negocial de «intransigência e inflexibilidade».
No entanto, o secretário de Estado da Educação, Jorge Pedreira, rejeita estas críticas. afirmando estar decepcionado com as postura de alguns sindicatos.
Na próxima quinta-feira, a plataforma sindical reúne com o Ministério da Educação, em mais uma ronda negocial, na qual deverá ser apresentada pela tutela a quarta e última versão do documento.