Os ocupantes do Teatro Rivoli estão sem água e sem comida por decisão da Câmara do Porto, encontrando-se no local dois vereadores da oposição para tentarem encontrar uma solução para o impasse que dura há três dias.
A autarquia já tinha anunciado hoje que iria mandar cortar o abastecimento de água ao Rivoli, ocupado desde as 24:00 de domingo por algumas dezenas de pessoas.
O edifício possui um gradeamento e portas em vidro que tinham sido mandadas fechar pela Câmara Municipal do Porto, mas as pessoas no exterior entregavam alimentos aos seguranças do Rivoli, que, depois, distribuíam aos ocupantes.
A autarquia portuense, presidida pelo social-democrata Rui Rio, proibiu os seguranças de receberem alimentos destinados aos ocupantes do Rivoli, que, assim, passam a ficar sem comida.
Encontram-se no local o vereador Rui Sá, do PCP, e o vereador Miguel Von Hace Pérez, do PS, na tentativa de encontrar uma solução para a situação.
O Rivoli foi ocupado em protesto pela intenção da Câmara do Porto de privatizar a gestão deste teatro municipal, alegando que a despesa diária de 7.500 euros não permite à autarquia canalizar investimentos para outras áreas consideradas prioritárias.
Os ocupantes defendem que o Rivoli continue a funcionar como serviço público e como espaço aberto aos agentes culturais da cidade e da região.