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Sindicatos continuam luta e acusam tutela de «chantagem»

Os sindicatos de professores não abdicam dos seus direitos reivindicativos e classificam de «intolerável chantagem» as propostas do Ministério da Educação no âmbito da revisão do estatuto da carreira, cuja aplicação a tutela condicionou ao fim dos protestos.

Paulo Sucena, porta-voz da plataforma, disse esta sexta-feira que «a abertura do Ministério surge em troca do silenciamento dos sindicatos. É óbvio que o Ministério da Educação pretende usar estas medidas, aparentemente benéficas, como forma de chantagem sobre os professores».

Na quinta-feira, o secretário de Estado Adjunto e da Educação propôs a extinção dos Quadros de Zona Pedagógica (QZP) e a alteração dos critérios de avaliação de desempenho, mas condicionou a aplicação destas medidas ao fim dos protestos por parte dos professores.

«Se as organizações sindicais persistirem em manter um clima de conflitualidade e continuarem a programar acções de luta como as das últimas semanas não haverá possibilidade de desenvolver esse trabalho», afirmou Jorge Pedreira.

Em conferência de imprensa realizada hoje, as 14 organizações sindicais que integram a plataforma consideraram que a posição da tutela é «o maior atentado produzido por membros do Governo contra os sindicatos».

«Não podíamos deixar passar aquilo que consideramos ser uma posição política de um o governante, que é atentatória das regras da democracia. O Governo quer que os sindicatos deixem de reivindicar e obedeçam à voz do patronato», acusou Paulo Sucena, secretário-geral a Federação Nacional dos Professores (Fenprof).

Redação