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Classificar escolas só por notas é «pobre»

A ministra da Educação considerou, este sábado, que a classificação das escolas feita com base nos resultados dos exames é «pobre». Maria de Lurdes Rodrigues alertou para a necessidade de serem feitas avaliações mais aprofundadas.

À margem de um Fórum Educativo, em Lisboa, Maria de Lurdes Rodrigues disse que «os 'rankings' feitos com base nos resultados dos exames do secundário dão uma visão das escolas muito pobre».

Estas declarações surgiram depois da divulgação pública dos resultados dos exames nacionais do ensino secundário, por estabelecimento, que permitem elaborar uma lista de classificativa das escolas, em função das notas dos seus alunos.

«As escolas são muito mais do que exames do secundário, têm uma enorme complexidade e riqueza e devem ser avaliadas sobretudo pela capacidade de liderança e de organização», salientou a ministra.

«Um ranking não é uma avaliação, é uma seriação de escolas que tem a validade que tem», acrescentou.

Por isso, a ministra pretende alterar o sistema de avaliação com base exclusiva nos resultados dos exames que, considera, «tem tido sobre as escolas mais efeitos negativos que positivos».

No entender da governanate, as escolas privadas vêm à frente das públicas neste ranking «por razões muito variadas, que era interessante pôr a claro».

Deste modo, desafiou a «trabalhos mais profundos, que permitam uma avaliação mais completa e compreender por que é que há escolas tão boas e com resultados tão aceitáveis que não estão nos primeiros lugares, sem deixarem de ser boas escolas por isso».

Sete em cada dez escolas com média positiva

Sete em cada dez escolas alcançaram média positiva na primeira fase dos exames nacionais do ensino secundário, um resultado muito acima do registado no ano passado, quando cerca de metade dos estabelecimentos ultrapassaram os 9,5 valores.

Segundo os resultados dos exames a 20 disciplinas (15 do 12º ano e cinco do 11º), divulgados pelo Ministério da Educação, 417 das 600 escolas de Portugal Continental e Regiões Autónomas tiveram média positiva nas provas, o que representa 69,5 por cento.

Redação