O Sindicato das Ciências e Tecnologias da Saúde já entregou uma providência cautelar contra o despacho do ministro da Saúde que acusa de violar a lei portuguesa e ignorar uma directiva comunitária.
A providência cautelar contra o despacho de Correia de Campos foi entregue no Tribunal Administrativo e Fiscal de Lisboa.
Em causa estão os novos serviços de urgência básica criados com o fecho de algumas urgências hospitalares.
O Sindicato das Ciências e Tecnologias da Saúde diz que nestes novos serviços vão existir exames de radiologia e análises clínicas, sem qualquer técnico especializado nas equipas da urgência.
Almerindo Rego, o presidente da direcção do sindicato, acusa por isso o ministro da Saúde de desprezar os profissionais de diagnóstico e de terapêutica, violando os decretos-lei que regulamentam estas actividades e a directiva comunitária sobre os exames complementares de diagnóstico.
«No nosso ponto de vista é leviana esta disposição do despacho que pretende ter o apoio nesta área sem ter os profissionais devidamente qualificados para desempenhar essas actividades clínicas», adiantou.
O Sindicato das Ciências e Tecnologias da Saúde afirmou também estranhar que pela primeira vez o Ministério da Saúde não tenha consultado estes profissionais numa matéria que lhes diz respeito.