A Quercus está contra a realização de testes de queima de resíduos industriais perigosos que deverão iniciar dentro de 15 dias na cimenteira do Outão. Rui Berkmeier, desta associação ambientalista, não percebe como se vai avançar com os testes sem a conclusão do concurso público.
A Quercus está contra a intenção de se iniciarem os testes de queima de resíduos industriais perigosos dentro de duas semanas na cimenteira da Secil, no Outão.
Ouvido pela TSF, Rui Berkmeier não percebe como estes testes podem avançar se ainda nem sequer foi feito um concurso público prometido pelo Governo, numa altura em que ainda se desconhece qual o tipo de resíduos que vai ser testado.
«No caso de serem as lamas oleosas de Sines, ainda faz menos sentido, porque neste caso se está a processar um concurso público, que nem sequer está pronto, para os quais concorrerão provavelmente as cimenteiras», explicou.
Para o dirigente desta associação ambientalista, apenas depois de se saber quem ganhou esse concurso público e em que condições está previsto o tratamento dos resíduos é que estes testes podem avançar.
Na quarta-feira, ficou a saber-se da atribuição de uma licença à Secil para que esta proceda à realização dos primeiros testes de co-incineração de resíduos industriais perigosos na cimenteira do Outão.
Citada pela agência Lusa, fonte ligada ao processo adiantou que estes testes deverão arrancar após uma reunião da Comissão de Acompanhamento Ambiental agendada para 8 de Novembro.