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Programa Alimentar está falido em Angola

Devido à falta de dinheiro, o Programa Alimentar Mundial em Angola vai fechar as portas. A directora desta agência das Nações Unidas afirma que, em teoria, o PAM em Angola está falido. Mesmo assim existe a garantia de que ninguém vai morrer à fome devido à falta de ajuda humanitária.

O Programa Alimentar Mundial (PAM) vai encerrar as operações em Angola até ao final do ano, mas «ninguém vai

morrer de fome» por causa disso, assegurou Sonsoles Ruedas, directora desta agência das Nações Unidas no país.

«Ninguém vai morrer de fome em Angola devido à saída do PAM porque já ninguém vive no país exclusivamente da ajuda humanitária», frisou, em declarações à Agência Lusa, depois de confirmar que esta agência humanitária vai encerrar o seu escritório operacional em Angola devido à falta de verbas.

«Nós estamos na banca rota, se fossemos uma empresa já

teríamos declarado falência», afirmou a directora do PAM em Angola.

De acordo com Sonsoles Ruedas, «as doações internacionais têm vindo a diminuir gradual, mas regularmente, desde 2003, e chegaram a um mínimo que não chega para manter as operações a funcionar».

A situação vivida em Angola é comum a outros países africanos. O Programa Alimentar Mundial acusou, esta quinta-feira, os países ricos de terem virado as costas à fome em África.

A distribuição de alimentos no continente africano tem sido reduzida em muitos países. Em diversos casos já foi mesmo suspensa.

O PAM diz que precisa de cerca de 120 Milhões de Euros para ajudar quase cinco milhões de pessoas. Mas, até agora, os países mais ricos apenas entraram com metade desse valor.

Redação