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Câmara indignada com autoridade portuária

A Câmara de Sines admite avançar com uma queixa em tribunal contra a autoridade portuária de Sines e a empresa concessionária dos terminais do Porto. Em causa está a emissão de poeiras usadas pela descarga de clínquer, ou seja, a matéria-prima do cimento.

O presidente da autarquia Manuel Coelho revela à TSF que é a primeira vez que esta descarga acontece no Porto de Sines até porque o clínquer destina-se à produção de cimento em Setúbal.

«Estas operações têm sido feitas no Porto de Aveiro e de Viana, porque nestes locais existem equipamentos adequados para proceder a estas manobras de descarga», adiantou.

«Por interesse da empresa importadora esta situação foi entregue a um navio de grande porte que não podia entrar pela sua envergadura naqueles portos», acrescentou.

A descarga de clínquer está nesta altura a criar uma nuvem espessa de poeira na cidade de Sines.

«Começámos a ver uma nuvem espessa e extensa de poeira, que dependendo da direcção dos ventos, se dispersava pelo ambiente», explicou.

Para além da falta de visibilidade que provoca, o autarca denuncia ainda que esta situação comporta riscos para o ambiente e para a saúde.

A administração do Porto de Sines já avisou que está a caminho outro navio que transporta 68 mil toneladas e que irá descarregar neste mesmo local.

Estes responsáveis adiantam que estão permanentemente a acompanhar a situação, além de já terem exigido à PORTSINES, concessionária deste terminal, as normas de segurança e de ambiente que se aplicam a este tipo de operações.

Redação