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Ministro entende que há quem tente «escamotear a verdade»

O ministro da Saúde entende que há quem tente «escamotear a verdade» acerca das taxas moderadoras. O deputado comunista Bernardino Soares recordou a Correia de Campos que o aumento das taxas moderadoras será de 24 por cento.

O ministro da Saúde manifestou, esta sexta-feira, no Parlamento, indignação contra as tentativas de «escamotear a verdade» acerca das taxas moderadoras e daqueles que permanecem isentos nesta questão.

Perante os deputados, Correia de Campos falou de tentativas de «manipulação de textos e números, nomeadamente no que toca à tentativa de abafar o facto de que, mesmo com as novas regras, cerca de 55 por cento das pessoas continuarão isentas destas taxas.

O titular da pasta da Saúde deu ainda como exemplos desta manipulação, o «caso dos encerramentos dos SAP periurbanos, os fogos fatus de conflitualidade e as fictícias comissões de utentes de saúde que alguns dos partidos que vos apoiam tentaram criar».

«Como hoje tentam criar quando alguns ministros ou o próprio primeiro-ministro se deslocam a iniciativas internas partidárias. Nunca se viu uma realidade destas», acrescentou.

Por seu turno, o líder da bancada parlamentar do PCP retorquiu a Correia de Campos, lembrando ao ministro da Saúde que o aumento das taxas moderadoras entre 2006 e 2007 cifra-se nos 24 por cento.

«Um trabalhador que ganha pouco mais de um salário mínimo paga taxas moderadoras e que não é justo que pague as taxas que está a aplicar. Se o senhor ministro quer fazer a redistribuição da riqueza, faça-a no seu governo através dos impostos e não através das taxas moderadoras», acrescentou Bernardino Soares.

O deputado comunista explicou que o aumento de 24 por cento acontece devido à subida de 3,2 por cento das taxas existentes e ao surgimento de novas taxas para internamentos e urgências que deverão render ao Estado nove milhões de euros.

Redação