A União de Sindicatos de Aveiro aproveitou, esta sexta-feira, uma visita de José Sócrates para se mostrar contra as políticas do Governo. Perante dezenas de manifestantes, o primeiro-ministro nem sequer parou, uma atitude que estes consideraram de «cobardia».
José Sócrates foi recebido esta manhã, em Aveiro, por dezenas de manifestantes, que aproveitaram a visita do primeiro-ministro ao Parque de Exposições para criticar as políticas do Governo.
O porta-voz da União de Sindicatos de Aveiro, Joaquim Almeida, disse que os trabalhadores queriam confrontar o chefe de Governo, que assistia à cerimónia do programa de colaboração entre o Estado português e a Universidade norte-americana Carnegie Mellon, dado que se sentem «traídos».
«O sr. primeiro-ministro sustenta as suas políticas na base do seu programa de Governo. Se ele tivesse dito que ia baixar as pensões, aumentar a idade da reforma, retirar direitos à Administração Pública e manter a política de congelamento dos salários, naturalmente que não teria sido eleito», afirmou, acusando Sócrates de ser «um mentiroso».
A verdade é que, perante o protesto dos trabalhadores, José Sócrates nem sequer parou, uma atitude que foi de imediato criticada pelos manifestantes.
«O sr. primeiro ministro nem sequer parou para saudar os trabalhadores, o que prova o contrário daquilo que alguns analistas, ou seja, de que é corajoso», disse um dos manifestantes.