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Quercus preocupada com nuvem de poeira

A associação ambientalista Quercus está preocupada com a situação que se vive em Sines, devido a uma descarga de clínquer no Porto da cidade, que está a provocar uma grande nuvem de poeira.

A Quercus apela à intervenção do Ministério do Ambiente para evitar novas descargas.

Francisco Ferreira reconhece que ainda não tem dados concretos sobre a alteração da qualidade do ar em Sines, mas está preocupado com a dimensão do problema.

«Este tipo de descarga de clínquer num Porto que não está preparado para estes materiais é algo que deve ser suspenso tão rapidamente quanto possível», afirmou.

«Estamos a falar de uma enorme nuvem de poeira que atinge uma zona significativa e há parâmetros da qualidade do ar no que respeita às partículas inaláveis que têm de ser garantidos e que claramente não estão a ser», acrescentou.

O dirigente da Quercus alerta ainda que devido à má qualidade do ar podem verificar-se «problemas respiratórios» na população e também «alguns danos materiais».

A população de Sines está a viver debaixo de uma nuvem de pó, densa e de grandes dimensões, por causa da descarga de 65 mil toneladas de clínquer, matéria-prima do cimento.

No terminal do Porto de Sines, o presidente da autarquia, Manuel Coelho, já disse que a situação «é inacreditável», admitindo recorrer para os tribunais para impedir uma nova descarga que está prevista para o início do próximo mês.

«Não há o equipamento adequado e há uma irresponsabilidade por parte de quem permitiu o acesso do navio e o início da descarga nestas condições», adiantou.

Manuel Coelho já pediu a intervenção dos ministérios do Ambiente e da Saúde, bem como da Inspecção-Geral do Trabalho, que devem enviar técnicos ainda esta sexta-feira para Sines, de modo a recolher amostras e analisar a situação.

Redação