Os trabalhadores da Galp Energia exigem da empresa o pagamento de um prémio de cinco mil euros e perante a recusa da empresa em fazê-lo iniciaram um período de dois dias de greve. A paralisação poderá deixar alguns postos de abastecimento sem combustível.
Os trabalhadores da Galp Energia começam, esta quinta-feira, uma greve de dois dias em protesto pela recusa da empresa em pagar um prémio extraordinário de cinco mil euros por trabalhador.
Ouvido pela TSF, o porta-voz da Comissão de Trabalhadores da empresa rejeita as justificações da empresa que alega não haver dinheiro para pagar este prémio, ao recordar o aparecimento recente de 870 milhões de euros distribuídos pelos accionistas.
«Se se voltasse atrás e se fizesse a devida distribuição por accionistas, administradores e trabalhadores nessa altura, de há três anos a esta parte, que a comparticipação mínima que tem sido para os trabalhadores teria sido maior», explicou Hugo Basto.
Os trabalhadores reclamam ainda maiores investimentos da empresa nas suas infra-estruturas, pretendendo saber quando é que avançam os investimentos das refinarias de Sines e Matosinhos.
Em Maio, a Galp anunciou um investimento de mil milhões de euros para a construção da nova refinaria de conversão em Sines, que dará à empresa uma capacidade acrescida de produção de dois milhões de toneladas de gasóleo por ano, mas os trabalhadores têm dúvidas sobre a concretização do projecto.
Hugo Basto avisou ainda que alguns postos vão ficar sem combustível, uma vez que esta paralisação vai impedir os barcos-tanque de atracar em Leixões e em Sines.
«Isto tem reflexos depois para a saída. Não há carros-tanque também, os portões ficam fechados e não há saída de produto para os carros-tanque e estes não chegam aos postos de abastecimento. Naturalmente, que haverá postos de abastecimento que ficarão secos», explicou.