Um relatório da OCDE revela que o número de estrangeiros a entrar em Portugal está em queda, uma situação que se verifica em particular com os ucranianos. Por seu lado, os portugueses a entrar na Suíça e no Luxemburgo está a aumentar.
O número de estrangeiros que procura Portugal para trabalhar tem vindo a diminuir nos últimos cinco anos, revela o relatório «Perspectivas das Migrações Internacionais» a apresentar esta quinta-feira pela OCDE.
Segundo este documento, o número de imigrantes ucranianos que entram legalmente em Portugal anualmente caiu 98 por cento entre 2001 e 2004, passando de 45200 para apenas 700. Em sentido contrário, estão os cidadãos britânicos que registaram 900 entradas em 2001 e 1200 em 2005.
Segundo a OCDE, vivem em Portugal perto de 500 mil estrangeiros, o que significa que 4,5 por cento de população estrangeira no nosso país, sendo que as maiores comunidades estrangeiras são as brasileira, ucraniana e cabo-verdiana.
O relatório conclui ainda que a Suíça viu o número anual de emigrantes portugueses quadruplicar em quatro anos, passando este número de 3700 em 2002 para 13600 em 2004.
O número de portugueses a entrar no Luxemburgo também tem vindo aumentar (2300 em 2002 para 3100 em 2004), num país em que a maior comunidade estrangeira é a portuguesa (65 mil pessoas).
O relatório coloca ainda Portugal como o quarto país pertencente à OCDE com menos pedidos de asilo (110 pedidos), a seguir à Estónia, Letónia e Islândia. A França, com 50050 pedidos, e os EUA, com 48770, lideram a lista dos países com mais pedidos de asilo.
Este documento elaborado pela OCDE é apresentado esta quarta-feira na Fundação Luso-Americana, em Lisboa, onde estará presente o responsável pelas migrações da organização, Jean-Pierre Garson.