Uma investigação feita ao longo dos últimos seis anos, a mais de 350 estudantes universitários, alerta para os efeitos dos jogos electrónicos violentos no comportamento dos jovens. O estudo conlui que quem pratica este tipo de jogos, assume depois atitudes mais violentas.
Trata-se da investigação mais ambiciosa alguma vez realizada em Portugal sobre os efeitos dos jogos electrónicos violentos no comportamento dos jovens universitários.
Cinco estudos conduzidos pela psicóloga Patrícia Arriaga concluem que quem pratica este tipo de jogos tem uma maior tendência para assumir depois atitudes violentas.
A investigação, que contou com mais de 350 alunos universitários, desenrolou-se ao longo dos últimos seis anos.
Patrícia Arriaga colocou dois grupos diferentes a jogarem jogos electrónicos: um com jogos violentos e outro com corridas de automóveis.
Em declarações à TSF, a psicóloga explicou que os estudantes foram depois alvo de provocação para perceber se as reacções eram diferentes.
«Aquilo que se procura ver é se aqueles que estão expostos anteriormente ao jogo violento são aqueles que, mediante provocação, reagem de modo mais agressivo», explicou.
A conclusão é a de que quem acaba de disputar um jogo violento está mais predisposto para a agressão. Por outro lado, diz a psicóloga, quem está habituado aos jogos electrónicos, torna-se mais indiferente às imagens de violência, por exemplo quando observa fotografias de corpos mutilados.
Perante estas conclusões, a psicóloga aconselha os pais a controlarem os jogos electrónicos dos mais novos, sublinhando que estes têm um «papel regulador».
Ainda assim, a investigadora descarta um cenário alarmista, afirmando que há outros motivos para explicar os comportamentos violentos, mas avisa que os jogos electrónicos não são inofensivos.