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Novo software permite organizar consultas por gravidade

Os hospitais e os centros de saúde vão passar a estar ligados através de um software que organiza as consultas em função da gravidade dos casos. Responsáveis dos movimentos dos utentes de saúde classificam a decisão como «positiva», apesar de não conhecerem o novo sistema em pormenor.

O Diário de Notícias avança hoje que os hospitais vão organizar até ao final de 2007 as consultas em função da gravidade de cada caso e que os doentes vão ficar a saber o tempo que terão de esperar.

Os centros de saúde vão estar ligado aos hospitais através de um sistema informático chamado Alert P1 que vai permitir ao médicos dos centros de saúde comunicar com os hospitais.

Paula Amorim, directora do serviço ambulatório do hospital de São João, explica que «já está implementado o sistema de triagem clínica mas é feito manualmente e com papéis».

«O que vai acontecer é que vai deixar de haver estas burocracias de papel entre os centros de saúde e os hospitais, para passar a ser tudo feito pelo computador», salienta.

Utentes satisfeitos, mas esperam para ver

Castro Henriques, do Movimento de Utentes dos Serviços de Saúde, disse que «à partida, esta parece uma boa medida», apesar de desconhecer como vai ser concretizada.

«Parece uma medida francamente positiva e como tal nós aplaudimos», disse Castro Henriques.

«Trata-se de uma decisão de um ministro que apesar de não assumir, tudo tem feito para acabar com o Serviço Nacional de Saúde e, como tal, é preciso esperar para ver», ressalvou.

De acordo com o Diário de Notícias, o projecto integrado no Simplex (plano do governo para simplificar os serviços do Estado), vai ser testado até 31 de Dezembro em pelo menos cinco hospitais e depois será alargado progressivamente a todo o Serviço Nacional de Saúde.

São João e Santo António, no Porto, Litoral Alentejano, Beja, Évora, Santarém, Faro e Barlavento Algarvio e o Pediátrico de Coimbra são os hospitais que se candidataram ao projecto.

Os doentes vão passar, com este novo sistema, a saber o tempo que terão de esperar para conseguir uma consulta ou uma cirurgia e o número de inscritos

à sua frente.

O novo sistema obrigará os hospitais a terem um médico responsável pela triagem dos casos que chegam dos centros de saúde, dando prioridade aos mais urgentes, escreve o DN.

A secretária de Estado adjunta da Saúde, Carmen Pignatelli, explicou ao DN que «actualmente, os centros de saúde têm acesso à agenda do médico e marcam as consultas de acordo com as quotas fixadas pelo hospital».

No novo modelo, os atendimentos serão feitos de acordo com a urgência do tratamento.

Redação