Os sindicatos acreditam que a adesão ao primeiro dia de greve da Função Pública será significativa. Estas estruturas dizem que os funcionários públicos vão dar uma «resposta exemplar» ao Governo, fazendo paralisar diversos serviços da Função Pública.
Os sindicatos acreditam que quem necessitar de serviços públicos durante esta quinta-feira, o primeiro de dois dias de greve geral na Função Pública, terá muito provavelmente que adiar as suas intenções.
As estruturas sindicais não fazem previsões de números, mas todos apontam para uma adesão em massa dos trabalhadores da Função Pública, que assim vão protestar contra as medidas do Governo para o sector.
«Os trabalhadores estão mobilizados para uma resposta exemplar para aquilo que tem sido a política deste Governo em relação à Administração Pública, fazendo dos trabalhadores os maus da fita e os bombos da festas a pagar o défice», explicou Bettencourt Picanço, presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado.
Já Nobre dos Santos, dirigente da Frente de Sindicatos da Administração Pública apelou à revolta dos trabalhadores «contra a necessidade de alterar todo o processo negocial» e acredita que esta revolta se vai sentir em particular na educação, saúde e autarquias locais.
Ana Avoila, da Frente Comum, assinalou que a paralisação se irá fazer sentir de forma muito significativa «nos hospitais, nos centros de saúde, nas escolas, nas câmaras», incluindo os serviços que são prestados pelas autarquias.
Esta sindicalista lembra que o Governo «não vai esfregar as mãos de contente» por poupar cerca de 80 milhões de euros com as greves, caso estas tenham uma adesão de 80 por cento, pois estará mais preocupado com o impacto social da paralisação.