O Metropolitano de Lisboa voltou a parar novamente esta quinta-feira, na sequência de mais uma greve dos seus trabalhadores que querem negociar o Acordo de Empresa que caduca no fim de 2006. A Soflusa também paralisou esta quinta-feira.
A adesão à greve do Metropolitano de Lisboa, que voltou a parar esta quinta-feira, depois de uma paralisação na terça-feira, rondou os cem por cento, confirmou Diamantino Lopes, da Federação dos Sindicatos de Transportes Rodoviários e Urbanos (FESTRU).
Em declarações à agência Lusa, este sindicalista explicou que só dois trabalhadores da manutenção de linha com contratos a termo não fizeram greve durante a noite
Por outro lado, os todos trabalhadores afectos à circulação de comboios e à manutenção das carruagens paralisaram, tendo todas as estações da rede ficado fechadas em consequência de uma greve que se prolonga das 8:00 às 12:00.
Relativamente ao pessoal do serviço administrativo, Diamantino Lopes acredita que os números da greve serão superiores aos de outras paralisações recentes, uma vez que está marcado para as 9:30 um plenário de trabalhadores.
Tal como as últimas greves, esta paralisação tem como objectivo forçar a negociação do Acordo de Empresa que caduca no final de 2006, uma vez que os funcionários da empresa acreditam que com o fim deste acordo poderão ser alteradas as condições de trabalho e os direitos sociais conquistados nos últimos anos.
O novo presidente do Conselho de Gerência do Metropolitano de Lisboa, Joaquim Reis, mostrou-se na terça-feira disponível para negociar esta questão, desde que os trabalhadores deixam os protestos e as greves.
Fonte da FESTRU disse, no entanto, que como ninguém ligado à administração do Metro e ao Governo contactou nenhum dos cinco sindicatos envolvidos nesta paralisação, foi decidido que a greve desta quinta-feira se iria manter.
Para além da paralisação do Metro, a Soflusa, responsável pelas ligações fluviais entre o Barreiro e Lisboa, também está parada, uma vez que os seus trabalhadores decidiram aderir à greve da Função Pública.
A paralisação na Soflusa prolonga-se das 5:00 até às 8:30 e das 17:30 às 20:30, tendo a empresa disponibilizado os habituais transportes alternativos.