Os trabalhadores da Lear, em Valongo, começam esta sexta-feira a negociar o recebimento das indemnizações, na sequência do fecho da fábrica. O Sindicato Nacional da Indústria e Energia quer um valor acima de 1,85 meses por cada ano de antiguidade na empresa.
Um dia depois depois do anúncio do fecho da Lear, em Valongo, os trabalhadores começam hoje a negociar as indemnizações que vão receber.
Em declarações à TSF, Angelo Pereira, do Sindicato Nacional da Indústria e Energia, adiantou que os trabalhadores irão lutar por um valor acima do que está previsto na lei, ou seja, 1,85 meses por cada ano de antiguidade na empresa.
«O que nós vamos apresentar à empresa é um aperfeiçoamento da plataforma já conseguida no passado», disse o responsável.
Angelo Pereira manifestou ainda ter uma opinião diferente da Agência Portuguesa para o Investimento (API), que defendeu, quinta-feira, que a Lear está a quebrar o contrato que assinou com o Estado português ao denunciar o fecho da fábrica de Valongo, sublinhando que, neste caso, o Governo não tem razão.
«O que eu sei do contrato é que ele cessava em 31de Dezembro de 2006; logo, se a fábrica vai encerrar em Abril de 2007, não vejo qualquer incumprimento», defendeu.
Por outro lado, acrescentou, «as verbas foram dadas por via da formação profissional, actualmente financiada pelo Fundo Social Europeu, não sei até que ponto foram utilizadas para esse objectivo; logo, também não vejo por aí incumprimento».