A coordenadora do BE acusou as autarquias de ficarem em silêncio a assistir à destruição dos serviços públicos. "É injusto e irresponsável culpar as autarquias", responde a CDU.
Jerónimo de Sousa, sem nunca referir o nome de Catarina Martins ou do Bloco de Esquerda, pautou a sua intervenção em Tomar pela defesa dos municípios, considerando que culpar as autarquias é no mínimo "injusto e irresponsável".
A coordenadora do BE acusou as autarquias de silêncio cúmplice em relação à destruição de serviços públicos. A CDU discorda e acusa os adversários políticos às autárquicas de terem o "síndrome da raposa".
No capítulo da história "As autarquias foram cúmplices no silêncio em relação à destruição de serviços públicos", Jerónimo de Sousa conta a fábula da raposa e das uvas. A raposa, porque não chegava às uvas, decidiu virar-lhes costas e desdenhar que estavam verdes. "É a mesma conceção que têm em relação às autarquias".
Na passagem da fábula para a realidade, Jerónimo de Sousa acrescentou que "aos que por ignorância ou verbalismo atiram pedras para o ar, aqui podemos confirmar que os eleitos da CDU nunca faltaram à defesa dos interesses dos trabalhadores e das populações".
Jerónimo de Sousa fala apenas da realidade que conhece melhor, a das autarquias de gestão CDU, e em relação a estas afirma que é "injusto e irresponsável" culpá-las "pelas consequências aquando das imposições da troika estrangeira que a troika nacional perseguiu", e que levou à "liquidação de centenas de freguesias, cortes no financiamento local e nos trabalhadores das autarquias".
E por ser assim, Jerónimo de Sousa lembrou a luta travada pelas autarquias comunistas pela manutenção de freguesias, pelo fecho de escolas e de hospitais, o encerramento dos postos dos CTT ou das agências da Caixa Geral de Depósitos.