Vai surgir mais uma tentativa de impedir que o processo de co-incineração na cimenteira de Souselas avance. Desta vez é uma acção popular que vai argumentar que este processo vai provocar a libertação de particular cancerígenas que afectam a saúde pública.
Uma acção popular vai entrar, esta terça-feira, no tribunal para tentar impedir a co-incineração de resíduos industriais perigosos na cimenteira de Souselas, naquela que já é a terceira acção judicial para tentar impedir esta decisão do Governo.
O advogado Castanheira de Barros explica que esta acção, que não obriga a que o Governo suspenda este processo, tem como principal argumento o facto de a co-incineração provocar a libertação de substâncias altamente cancerígenas que põem em causa a saúde pública.
«Por outro lado, também a afectação do ambiente, da fauna e da flora. Portanto, são repercussões que se projectam no tempo: os efeitos das dioxinas subsistem durante décadas», acrescentou.
Este advogado adiantou ainda que está para breve a decisão dos tribunais sobre a providência cautelar interposta pela Câmara Municipal de Coimbra, bem como a acção de intimação a nível pessoal lançada pelo próprio Castanheira de Barros.
«É natural que aguardemos um pouco para propormos a providência cautelar, mas seguro é que está prevista a entrada da acção popular cujo dia de prazo é precisamente o dia 14 de Novembro», explicou.
Castanheira de Barros explicou ainda que se os testes à queima destes resíduos forem marcados ou estiverem iminentes poderá surgir então a providência cautelar, tal como um pedido de decretamento provisório dessa providência.