A terceira geração do «Programa Escolhas» tem como alvo 40 mil jovens de bairros problemáticos. O investimento é de 21 milhões de euros, que vão ser distribuídos por 120 projectos, por todo o país.
A iniciativa nasceu há cinco anos e esta segunda-feira recebeu 120 novos projectos inseridos na comunidade local através de associações e sociedades comunitárias.
Pedro Silva Pereira, ministro da Presidência, presente na cerimónia de assinatura, adiantou que esta terceira fase é «mais ambiciosa» do que as anteriores.
«Servirá melhor a inclusão social de jovens e isso significa combater o abandono escolar, estimular a formação profissional e promover a empregabilidade», disse.
Na mesma linha, também Rui Marques, director do «Escolhas» e do Alto-Comissário para a Imigração e Minorias Étnicas, adiantou que no essencial o programa mantém-se fiel a si próprio, mas vai agora mais longe.
«Aumenta a dimensão, chega a mais locais, a mais destinatários e envolve mais instituições. É um crescimento em quantidade e esperemos que também em qualidade», afirmou Rui Marques.
O responsável disse ainda que nesta terceira fase há um «reforço claro na aposta em relação a descendentes de imigrantes e de minorias étnicas».
Paulo Cunha, do projecto «Escola Contigo» da Figueira da Foz, afirmou à TSF que vai bater à porta das famílias para saber porque faltam as crianças à escola.
«Quando a família não se mostra disponível para ir à escola, o que acontece cada vez mais, tentamos ser um elo de ligação entre escola e família», disse.
Este projecto faz também um acompanhamento dos casos de abandono escolar. Uma das alternativas para tentar minorar o problema é tentar levar os jovens a trabalhar em empresas que lhes possam dar formação certificada e profissional.