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Trabalhadores rejeitam acusações da administração

Os trabalhadores dos CTT refutam as acusações da administração da empresa de que a greve nos centros de distribuição, que ocorre pelo segundo dia, pode pôr em causa o que está acordado com a ANACOM.

Os trabalhadores dos CTT rejeitam qualquer responsabilidade se a greve nos centros de distribuição puser em causa o que está acordado entre a empresa e a Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM).

Os CTT assinaram, em 2006, um novo convénio com a ANACOM, que impõe maior exigência nos serviços prestados pelos correios.

A administração do CTT diz que, se o acordo não for cumprido, será por culpa da greve dos trabalhadores, mas Vítor Narciso, do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT), rejeita essa responsabilidade.

«Alguém está a pôr em causa os objectivos negociados com a ANACOM, que é a administração dos CTT quando deixa os níveis de qualidade nos meses de Julho, Agosto e Setembro passar dos mínimos atingíveis ou quando contrata trabalhadores sem qualificação para efectuar os serviços», defendeu.

Prevendo a hipótese de um acordo com a ANACOM não poder ser cumprido, a administração dos CTT já avisou que os trabalhadores podem vir a ser alvo de penalizações.

Vítor Narciso disse não estranhar esta ameaça, sublinhando que, no passado, houve casos semelhantes.

«Os trabalhadores são os mesmos, as administrações mudam, mas a forma de gerir é igual», realçou o sindicalista.

A greve parcial dos centros de distribuição dos CTT ocorre pelo segundo dia. O SNCTCT estima que a desão de hoje ronde os 80 por cento, o que pode implicar que perto de dois milhões de cartas fiquem por distribuir.

Redação