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Jerónimo defende intervenção governamental

O secretário-geral do PCP entende que o Governo deve intervir na situação da Pereira da Costa, que recentemente despediu ou suspendeu mais de 90 funcionários de forma alegadamente ilegal. Jerónimo de Sousa lembra que o Estado é o principal credor da empresa.

O secretário-geral do PCP quer que o Governo intervenha no conflito laboral existente na construtora Pereira da Costa, que despediu ou suspendeu alegadamente de forma ilegal cerca de 90 trabalhadores.

Na Amadora, à porta desta fábrica, Jerónimo de Sousa recordou que houve uma tentativa de «despedir arbitrariamente» estes trabalhadores e que se queria ver livre deles.

«Estão há meses sem salários nem indemnizações e vê-se uma paralisação absoluta do Governo que tem a obrigação de, designadamente, pela via inspectiva, dar uma resposta», acrescentou.

O líder comunista, que apelou à calma dos trabalhadores, insistiu que «o Estado, ainda por cima o principal credor da empresa, tem a obrigação de intervir», chamando a Inspecção-geral do Trabalho.

Jerónimo de Sousa, que afirmou que vai falar sobre o assunto ao ministro do Trabalho, Vieira da Silva, aproveitou ainda para criticar a «absoluta impunidade de uma administração que nem sequer reconhece o poder dos tribunais».

Alguns trabalhadores acusam a empresa de não acatar a ordem do tribunal de reintegrar alguns funcionários, tendo a administração, entretanto, instaurado processos disciplinares a cerca de 90 trabalhadores, que interpuseram recurso judicial.

Redação