Cerca de 140 estudantes, professores e funcionários da Faculdade de Belas Artes de Lisboa estão concentrados, desde as 08:00, em frente à escola em protesto contra o mau estado do edifício. O reitor da Universidade de Lisboa já disse que o edifício não corre perigo iminente de acidente.
Gritando palavras de ordem como «Queremos segurança», esta iniciativa dos estudantes surge depois de um incidente ocorrido, segunda-feira, em que uma aluna ficou ferida por causa de um vidro que se partiu.
Na porta principal da escola estão dois sinais de trânsito de perigo e queda de pedras, acompanhados por um cartaz que diz «Indicação de proximidade de um local onde há ocorrência de queda de pedras».
Francisco Correia, estudante do 5º ano de Equipamento, contou que o incidente de segunda-feira foi «a gota de água para um problema que persiste há duas décadas».
«O edifício não tem condições porque é antigo e foi-se degradando com as obras do metro. Parte do tecto de algumas salas já caiu. Assim não há condições. Queremos novas instalações», acrescentou.
Francisco Correia adiantou também que «já foi pedido há muito tempo que se encontrassem soluções para o problema que põe em risco a vida dos estudantes e de quem lá trabalha».
Por seu lado, Ricardo Correia, da Associação de Estudantes e aluno do 4º ano de Design de Comunicação, afirmou que vai haver uma reunião da reitoria às 11:45, mas «até agora ainda não apareceu ninguém para falar com os manifestantes».
Entretanto, o reitor da Universidade de Lisboa, Sampaio da Nóvoa, já disse que o edifício onde está instalada a Faculdade de Belas Artes não corre perigo iminente de acidente, mas sublinhou que mandará fechá-la de imediato se isso acontecer.