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Trabalhadores contra fecho da empresa

Os trabalhadores da Pereira da Costa, que foram despedidos de forma ilegal, estão concentrados à porta da empresa para exigir o pagamento dos salários em atraso. No Seixal, a Alcoa anunciou o encerramento da unidade de produção de alumínio, deixando no desemprego 480 trabalhadores.

A vigília dos 90 trabalhadores que foram despedidos de forma ilegal da fábrica Pereira da Costa, na Amadora, já se prolonga há dois meses, mas quarta-feira à noite os operários decidiram impedir o fecho dos portões da empresa.

Esta posição de força surge perante a atitude da administração, que já retirou da fábrica muitas das máquinas que lá existiam.

Os trabalhadores despedidos exigem ser reintegrados, tendo em conta a decisão do tribunal, ao mesmo tempo que reclamam o pagamento dos salários em atraso.

Em declarações à TSF, Manuel Afonso, do Sindicato da Construção Civil e funcionário da empresa, adiantou que os trabalhadores irão continuar à porta da Pereira da Costa para exigir o pagamento dos salários.

O responsável disse ainda que o objectivo da administração é fechar a fábrica e depois ganhar dinheiro com a venda dos terrenos.

Alcoa anuncia encerramento de unidade

Também no Seixal, a empresa Alcoa, multinacional norte-americana de produção de alumínio, anunciou o encerramento da unidade, cuja produção vai ser transferida para a Hungria.

Esta decisão vai deixar no desemprego cerca de 480 trabalhadores.

Ouvido pela TSF, Luís Leitão, do Sindicato das Indústrias Eléctricas, explicou que os funcionários já estavam à espera do encerramento, considerando que a culpa está na estratégia que foi seguida pela administração da Alcoa.

Luís Leitão assegurou que a empresa dispõe de todas as condições para se manter em funcionamento, sublinhando que tem «viabilidade».

Redação