O metro de Lisboa vai parar a 19 de Dezembro e 09 e 11 de Janeiro devido a uma greve dos trabalhadores. A paralisação será de cinco horas diárias, entre as 06:30 e as 11:30.
A decisão, que visa conseguir o prolongamento até 2011 do Acordo de Empresa que caduca no final de 2007, foi tomada em plenário de trabalhadores, anunciou hoje a Federação dos Sindicatos dos Transportes Rodoviários e Urbanos (FESTRU), afecta à CGTP/IN.
Após a última greve, os cinco sindicatos que representam os trabalhadores da empresa pediram uma reunião urgente ao novo presidente do conselho de gerência, que se realizou no passado dia 13 e na qual expuseram as razões que levaram ao conflito.
Segundo a FESTRU, na quinta-feira passada, dia 23, realizou-se novo encontro sem que tenha sido alcançado qualquer acordo.
A FESTRU diz em comunicado que o presidente da empresa, Joaquim Reis, transmitiu aos representantes dos trabalhadores que neste momento não há disponibilidade para «negociar a prorrogação da cláusula de vigência» do Acordo de Empresa (AE).
«Mais uma vez estamos perante um conselho de gerência manietado, que não tem poderes para decidir sobre o Acordo de Empresa, cabendo esse papel à Secretária de Estado dos Transportes», acusa a FESTRU no comunicado.
No dia 15, o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino, disse que o Metropolitano de Lisboa está disponível para discutir com os sindicatos um novo Acordo de Empresa, mas não a revisão do actual.
Os trabalhadores pretendem manter o AE em vigor, receando perder direitos conquistados ao longo das últimas décadas em termos de condições de trabalho, remunerações e garantias sociais.
Não foi possível até ao momento obter uma reacção da administração do metropolitano de Lisboa.