O Ministério do Ambiente já anunciou que vai recorrer da decisão do Tribunal Administrativo de Coimbra que suspendeu a co-incineração em Souselas. Entretanto, o autarca Carlos Encarnação apela ao Governo para que altere a política ambiental.
O presidente da câmara municipal de Coimbra reage assim à decisão do tribunal administrativo, que deu razão à autarquia considerando que a co-incineração em Souselas só pode avançar depois de realizado um estudo de impacto ambiental.
«Não é crível que um estudo de impacto ambiental de 1998 sirva» actualmente para justificar o despacho do ministro do Ambiente, Nunes Correia, que dispensou a fábrica de cimento de Souselas da realização de um novo estudo, declarou Carlos Encarnação aos jornalistas.
O autarca de Coimbra considera natural que o Ministério do Ambiente recorra da decisão judicial mas lembra que esta é uma boa oportunidade para o Governo «repensar» a política ambiental.
«Apelo mais uma vez nesse sentido ao senhor primeiro-ministro e ao ministro do Ambiente. Esta estratégia é desastrosa», acrescentou, defendendo que o Governo deve avançar de imediato com a entrada em funcionamento dos centros integrados de recuperação e valorização de resíduos (CIRVER).