A percentagem do VIH e da Sida entre os Consumidores de Droga Injectável está a baixar em Portugal desde 2000, revela o último relatório (2006) do Instituto da Droga e Toxicodependência.
O «Relatório Anual sobre a Situação do País em Matéria de Drogas e Toxicodependência», com dados referentes a 2005, refere que as «doenças infecciosas entre as populações em tratamento no ano passado, os valores de positividade para o VIH, hepatites B e C e tuberculose enquadram-se, de um modo geral, nos padrões registados desde 2000».
O documento acrescenta que, «no âmbito das notificações do VIH/Sida, continua a decrescer a percentagem de casos associados à toxicodependência».
O relatório do IDT de 2006, que é divulgado esta quarta-feira, refere que, «entre os utentes que recorreram em 2005 às diferentes estruturas de tratamento da toxicodependência, as percentagens de positividade para o VIH variaram entre 12 e 22 por cento (12-28% em 2004 e 15-25% em 2005) e as de hepatite B entre 2 e 7% (3-9% em 2004 e 3-10% em 2003)».
As percentagens de hepatite C variaram entre 39 e 54% (44-62% em 2004 e2003) e as de tuberculose entre 1 e 3% (1-4% em 2004 e 1-3% em 2003).
De acordo com os dados do Centro de Vigilância Epidemiológica das Doenças Transmissíveis (CVEDT), do Instituto Nacional de Saúde, «a 31 de Março de 2006, os casos associados à toxicodependência representavam cerca de 46 por cento do total acumulado de notificações de infecção pelo VIH - 49%, 41% e 45% do total acumulado de notificações de casos de Sida, de Complexo Relacionado com Sida e de Portadores Assintomáticos - percentagens que têm vindo a decrescer nos últimos anos», adianta o relatório do IDT.
Quanto às mortes relacionadas com o consumo de drogas, o relatório adianta que «o número de casos positivos nos exames toxicológicos efectuados no Instituto Nacional de medicina legal (INML) aumentaram em 2005, contrariando assim a estabilização dos últimos três anos e a tendência decrescente iniciada em 2000».