O ministro da Administração Interna acredita que os militares da GNR vão cumprir a lei. António Costa recorda que o Governo Civil não recebeu qualquer pedido de autorização para um desfile, esta tarde, em Lisboa.
O ministro da Administração Interna espera que os militares da GNR cumpram a lei.
Esta quarta feira, a Associação dos Profissionais da Guarda (APG) promove uma jornada de luta contra a redução de direitos e para exigir «um diálogo sério e construtivo» com a tutela.
À tarde os militares vão reunir-se num plenário, na Casa do Alentejo, que pode terminar com um desfile da Praça do Comércio ao Terreiro do Paço.
Ouvido, esta manhã pelos jornalistas, o ministro António Costa recordou que não foi entregue no Governo Civil qualquer pedido para a realização do desfile e por isso espera que os guardas saibam dar o exemplo.
«Os militares da Guarda gozam do direito de associação, está previsto na lei e neste âmbito podem reunir-se, mas não foi comunicada qualquer manifestação. Portanto, tenho a certeza que os militares que sempre pautaram a sua actuação associativa no escrupuloso respeito da legalidade vão continuar a fazê-lo», afirmou.
Para António Costa é dever dos militares visto que têm como «função fazer cumprir a legalidade dar o exemplo».
O presidente da APG, José Manageiro, afirmou, esta manhã, que só depois do plenário é que os militares vão decidir se desfilam ou não, mesmo sem terem pedido qualquer autorização ao Governo Civil.
No entanto, o responsável afirmou que «tudo vai ser feito no mais rigoroso cumprimento da lei, como a associação sempre fez».
«A APG não se desvia um milímetro do que é o mais rigoroso cumprimento da lei. Não podemos, nem devemos dar o exemplo negativo aos cidadãos», acrescentou.