O primeiro camião com 10 toneladas de resíduos industriais perigosos para co-incinerar chega, esta quinta-feira, à cimenteira da Secil, na Arrábida. A empresa estima queimar, até 13 de Dezembro, cerca de 30 toneladas por dia.
Em declarações à agência Lusa, o administrador da Secil explicou que a cimenteira vai fazer testes de co-incineração com lamas oleosas e que vai medir as emissões desta queima a partir do próximo dia 8 de Dezembro.
«Entre hoje e dia 8 vamos apenas testar o equipamento, que já é utiliza do na queima de resíduos banais há um ano e meio. A partir daí, e até dia 13, vamos fazer medições das emissões, cujos resultados serão depois conhecidos», afirmou Carlos Abreu.
Sobre a possibilidade de o Tribunal Administrativo de Almada poder vir a travar a queima de resíduos perigosos na cimenteira, se der razão às câmaras municipais de Sesimbra, Palmela e Setúbal na providência cautelar entregue por estas no passado dia 3 de Novembro, o administrador escusou-se a comentar o assunto.
Questionado sobre se o Ministério do Ambiente apresentou uma resolução fundamentada, Carlos Abreu disse não querer «sequer confirmar se foi entregue tal resolução».
Sobre os eventuais perigos que os testes possam representar para as populações das proximidades da cimenteira, o responsável reafirmou saber que as emissões «não são problemáticas» e salientou que a empresa faz os testes «de uma forma voluntária e apenas para demonstrar a todos que não existem riscos acrescidos» em relação à queima de resíduos banais.