Os barcos da Transado que ligam Setúbal a Tróia estão parados, desde a meia-noite desta sexta-feira e por tempo indeterminado, devido a uma greve dos trabalhadores, que exigem o pagamento de salários em atraso desde Outubro.
Os cerca de 100 trabalhadores da Transado iniciaram hoje uma greve, sem fim previsto, para exigirem o pagamento de salários em atraso, mas a Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS) disponibilizou transportes alternativos.
O Presidente da APSS, Carlos Lopes, adiantou à agência Lusa que o transporte alternativo está a ser assegurado - desde as seis horas da manhã e de 90 em 90 minutos - por vários autocarros entre as duas margens do Sado, embora as primeiras carreiras não tenham sido realizadas «porque não havia passageiros».
Para além de não terem recebido uma parte dos salários de Outubro, os trabalhadores da empresa portuária também não têm garantias de receber os salários dos próximos meses, bem como o subsídio de Natal.
A Transado alega que não pode pagar aos trabalhadores porque ainda não recebeu a verba de 600 mil euros que lhe é atribuída pela APSS, pela prestação de serviço público. Por seu lado, a administração portuária garante que já pagou tudo o que devia e não reconhece a dívida reclamada pela empresa.
Recorde-se que os trabalhadores da Transado já tinham efectuado uma paralisação parcial de duas horas, de 11 a 16 de Novembro.